janeiro 28, 2008

.a Aurora em Tiradentes.

Quando eu 'estudava' sobre os festivais antológicos de cinema, me consumia a idéia de se consagrar um autor dessa forma poética. E quando por alguma razão, seja ela política e/ou pessoal, esses realizadores eram punidos com os não prêmios, eu me via militando às causas deles... Panfletando as artes deles (que também são minhas e que compoem o cinema per sí) mentalmente ou em conversas diversas...

O caso Glauber em Veneza ou até o polêmico filme de Gaspar Noe em Cannes, além de tantos outros complexos resultados não consolidados em festivais, da Itáila à França, do Canadá aos EUA, e por fim, Do Brasil à Tiradentes 2008.

Quando me interei da iniciativa, revolucinária[?] do Crítico (e Curador da Mosta de Tiradentes 2008 ) Cleber Eduardo, de 'conjurar' um Júri Jovem simultâneamente com um Júri da Crítica (A crítica já consolidada no país, e de partes distintas dele.) e ambos com a mesma autônomia para apontarem o melhor filme, e um destaque livre dentro da mostra "AURORA", cujo o tema era:

"FILMES DE JOVENS REALIZADORES (diretores estreiantes ou em seus segundos longas)."

Fiquei excitado com toda essa idéia maluca dessa "experiência" inesperada e muito bem vinda não só ao festival de Tiradentes mas ao cenário cinematográfico brasileiro.

Essa investida corajosa, rendeu um resultado ambíguo, como era de se esperar o jurí da crítica premiou um filme que pelos padrões nacionais se destacou em sua beleza, disposições de enquadramento, fotografia, o jogo do real e o irreal, da fantasia e o real que também é mentira e ainda assim compunha o todo... Enfim, Meu Nome é Dindi, de Bruno Safadi foi o escolhido pelos críticos do Júri da Crítica como o vencedor da Mostra Aurora. Em contraponto, (ou melhor em CONTRA-CAMPO, só para ser irônico... he he he!) o Júri Jovem (ou J.J. como os garotos [e garotas!] se denominaram no discurso de entrega dos prêmios) premiaram filmes com características bem diferentes, e não foi pelo motivo apontado pelo diretor de "Meu Nome é Dindi" [em seu discurso digno de um garoto criado por vó em apartamento.] : "O Júri Da Crítica Conseguiu Ver o Filme Com Bons Olhos, E Não se Prendeu aos Defeitos de Projeção!!" pô! que dózinha dele então...

Pois Premiando o Filme "Sábado á Noite" de Ivo Lopes Araujo, o "J.J." elegeu um filme que é a princípio um Documentário, mas que na soma, é uma desconstrução do tema. Elegeram um filme que a princípio trataria do real, do contempôraneo mas é realizado em Preto & Branco, é interventivo e subjetivo, mas ainda é documental, se alegando à todo tempo como verdade, pois mesmo se auto manipulando se exclarece, se justifica.

Dessa descontrução, foi baseada a premiação. E dessa premiação foi desencadeada os parabéns... À excessão da cobertura da mídia [sendo mais direto, fora de Tiradentes, Fora da realidade] os elogios à escolha Jovem foi um grande "coringa" tanto pro proprio Diretor, quanto para o prórpio Júri. Dedos Positivos e comentários de :"Vocês são malucos! Adorei!!" preenchiam em cochichos variados pela madrugada última do festival. Foi daí a realização maior, tanto que se encontraram num estado de alegria indiscritivel, estado o qual ainda me encontro, em que se sabe ter feito o que era certo, se sabe ter feito o que era esperado, e se sabe ter feito o que ninguém acreditara...

Oportunidade cósmica tão rara quanto achar o papel dourado dos Chocolates Woonka. Agradeço e despeço-me. As Histórias foram várias... Posso até redigí-las com o tempo, (também porque muito provavelmente eu não vá pensar em outra coisa tão cedo...)

Despeço-me Grato.

AugustoSóQuêJ.J.08

NoVox, NoSound.

Um comentário:

Unknown disse...

"J.J. Jameson", um feito descomunal... parabens, apesar de ficar cego entre meios a suas palavras, pra mim basta vê-lo na tv, onde tudo se cria asas. A Satisfação própria é a melhor que se pode conseguir. Congratulations