abril 05, 2008

Um Ciborgue, mas Tá legal

"por detrás

das máscaras sociais

é que vivem os tais,

motivos surreais."

I´m a Cyborg But, that´s OK.
de Chan-wook Park

Falando com um amigo músico, ouvi dele os dizeres: Aonde foram os gênios? Onde estão os garotos-prodígio? Logo logo a conversa 'tombou-se', da música ao cinema. Ele me fez as mesmas perguntas e a resposta foi simples. Afinal, eu tinha convenientemente assistido a "I´m a Cyborg but that´s Ok!" na vespera...

É difícil pra mim, como indivíduo do ocidente, avaliar as intenções de Park (ou de quem quer que seja) com alguns planos ou diálogos, considerados à primeira vista excessivos, [julgados assim pelo motivo apontado e ajudado pelo tema do filme.] mas o resultado é instigante, proporcionando uma viagem infantíl ao esteriótipo, em contraponto à crítica 'descarada' à sociedade contemporânea.
A mecanicidade das relações humanas, a desumanidade proporcionada pelo capitalismo e a desestrutura familiar são questões trabalhadas aqui. Abordadas de maneira tão delicadamente irreais que torna impossível qualquer previsão. O que leva-me novamente à questão cultural [Questão enquanto conflito entre um expectador bitolado, vítma do proselitismo 'cultural' norte-americano e uma obra à princípio regional, mas que se espande de tal forma, que é capaz de retratar os sentimentos mais profundos de um cidadão qualquer daqui.] entende-se o problema, compartilha-o também, mas talvez essa 'viseira' nos impeça de maximizar a tal proximidade e o tal compartilhamento dos mesmos... [Pena.]

Chan-wook Park reestrutura seu mundo [drástico, pra variar] numa contradição, quando seus personagens finalmente são tidos como 'doentes', eles são inofensivos... [contraponto com as outras obras de Park] temos a protagonista, tão carente, tão acostumada a não ser um humano, a não se encarar como tal que se assume 'ciborgue'. Mas Park é irônico, já que a coitada da personagem vai prum hospício. Explico, a irônia está no ícone. A ciborgue é nada mais do que a representação do indivíduo contemporâneo. Sem tempo pra 'ser' humano, sem tempo pra ser amado, sem tempo pra questionamentos existêncialistas, assume-se uma verdade: 'Não tenho tempo pra isso', e vive-se, normalmente, sendo escravo de um trabalho, escravo de um estilo de vida, etc.

Se o filme é um sarcarso só, a camera é sem dúvida o dedo de Park, enumerando as absurdas situações, mostrando minunsiosamente os segredos. Não fui redundande aqui. Simplesmente descrevi uma das peculiaridades desse diretor fascinante. Chan-wook Park não intervêm na ação, ele as aponta. Não quer se fazer presente, e até nos engana com umas ou outras subjetivas estratégicas, o que ele faz é simplesmente apontar. [Me lembrei das sequências de luta de 'Old Boy', (sem dúvida as melhores que já vi) onde ele não faz a 'câmera de vitma' (como fazem quase todos os diretores em sequências assim) simplesmente correndo ao lado do protagonista, sem intervir, sem cortes milaborantes]
"Reestrutura seu mundo numa contradição", foi exatamente o que ocorreu com a personagem, e com o próprio filme, na sequência de introdução ao Hospício: Vemos uma 'senhora amigável', introduzindo todo o ambiente, introduzindo os personagens com sinopses curtas sobre a vida de cada um até o momento que a enfermeira 'desmascara' a tal mulher. A mulher era um dos internos e o Narrador estava mentindo, ou melhor, não sabia a verdade, e prosseguiu.
Analogias aos 'Homens de Branco' (enfermeiros-médicos-etc) como os 'senhores da lei' são feitas... Mas não posso me estender a isso. Vale relembrar as doenças dos internos, realmente cômicas... [Andar pra traz, ser gentil de mais, etc]

Com as questões lançadas, as respostas vieram. [eu adoro quando isso acontece] Tão incertas e não confiavéis quanto o próprio filme. Mas o importânte é que elas vieram, e ainda melhor: elas são tão incertas e não confiáveis quanto o próprio filme!! Ilustro com o personagem conhecido como 'Ladrão'. que é capaz de roubar tudo, de todos. A princípio 'viram' nele um delinqüente [falo, obviamente do julgamentos dos outros loucos] mas devido a algumas circunstâncias, ele se torna um herói. Ao roubar a educação de um homen atordoado por ser muito educado. Ao roubar a piedade de um ciborgue preso em certas facetas humanas... É a essas 'respotas' que dou enfase: Seriamos mais felizes sem as máscaras? A que 'virtude' sou escravo? Seria de fato melhor viver sem elas? Melhor pra quem? As abondonamos até tornarmos um ser não humano, um robô, 'até ser Um ciborgue, e estar legal assim'.

Com exageros estranhos, ao ocidente ao menos, "I´m a Cyborg, but That´s Ok" é um filme complexo. Incerto, e surpreendentemente classificado como 'comédia'. Devo adimitir que quase não ri. Assustei-me com o teor crítico do filme, e encantei-me com a solução apresentada por ele. Transformando aquilo de humano que gradativamente abandonamos, naquilo que até então não somos capazes de abandonar, abordando como ferramenta de estranheza. Afinal mesmo mecânicos, rotineiros, previsíveis, os homens precisam comer. Ainda sonham com a liberdade, com o 'troco' ao governo... Encerramos com uma sequência tão bela quanto estranha, fruto da busca fundamental da contemporaneidade: O Amor, e o Metafísico. Ali representados pelo rádio (a antena estendida ao teto/céu, e que diz os 'próximos passos') e o amor mesmo.
À distância, apontamos pro vulto dos personagens, que se beijam e fazem amor... Mas nós não precisamos ver isso. E Park simplesmente aponta.

Augusto SóQuê, Sumindo...
No Vox, No Sound, No Previsão!!!

março 28, 2008

Kelly Tales

Southalnd Tales
De Richard Kelly

Toda sorte de ‘pós’ é inexplicável.
O pós-Guerra, citando o pós-Grunge, virando à esquerda no pós-punk... Todo o ‘pós’ é confuso, contraditório e 'ainda sem saber direito o que é'. Assim também é o mundo apresentado por Richard Kelly. Afinal Southland Tales é nitidamente um filme pós Donnie Darko! [não falando da história, obviamente]

Comecemos por tópicos:

Atuações.
Precisei falar delas...
A idéia maluca de juntar, num filme claramente não comercial, atores oriúndos de filmes como ‘Scorpião Rei’ (The Rock) e ‘American Pie’ (Seann William Scott) é tão surreal que nem em um filme claramente comercial a idéia deu certo, ‘Bem vindo a Selva fez lá sua cota mas não serviu de incentivo pra ninguém mais arriscar. Kelly fez o mesmo em Donnie Darko, apostando no protagonista de ‘Dirty Dance – Rítmo Quente’ (Patrick Swayze) e na protagonista de vários filmes 'teens', Drew barrymore. A diferença é que em Donnie Darko, eles não eram protagonistas e nem decepcionaram. Muito pelo contrário, calaram a boca de meio mundo com atuações marcantes. Por outro lado, em Southland Tales, a direção delicada de Richard Kelly não conseguiu alterar o inalterável, The Rock representando um personagem é triste, pra piorar ele faz dois papéis. ‘Um como The Rock’ o outro como ‘The Rock, jogando Imagem & Ação’. William Scott, foi até bem, quer dizer, bem até o momento em que o filme pediu um enquadramento frontal. E ainda tinha o ‘Justin Timberlake’ num complexo papél de ‘Justin Timberlake com barba e cicatriz’. Mas quem sou eu pra falar...

Pra piorar:
O roteiro é 'pirado' (pra variar). A idéia era começar o filme (de 6 partes) da parte 4 [Fizeram isso uma vez, Numa Galáxia Muito Distânte...] e lançar em quadrinhos as partes 1,2 e 3. Feito isso, era só o público escolher entre a sensação de repetir as noites de insônia (falo de Donnie Darko) ou evita-las já indo pro cinema sabendo em que 'pé a história estaria' (presunçoso esse cara...).

Diferente de Donnie Darko, agora a trama não parte do indivíduo para o mundo, em Southland Tales a situação têm proporções globais. Existe um vilão, ou um grupo disso. O mundo é o caos; guerras, tecnologia e uma nação que perdeu em algum o lugar a própria refêrencia. E é ai que o filme assume um tôm ‘nonsense’, transitando entre um (personagem de) Mike Miers e um (filme de) Terry Guilliam.

O ano é 2008, mas é tão ‘12 macacos’ o visual, que é inevitável não cobrar por coerência, só não o fazemos por pseudagem mesmo, já que o filme justifica-se [e talvez até se sustente] numa frase dita pelo 'protagonista' (algo como apelar pela velocidade da evolução tecnologica) mas o fato é, se foi uma crítica é uma crítica reciclada, do prórpio Guilliam.

e finalmente: a Revolução do Sexo!
Justificada na máxima:"O ser humano não precisa de hipocrisias num mundo pós 3° Guerra Mundial". Como se todos já soubessem que não vivem mais na época de ouro... O engraçado é um discurso feito num diálogo de prostituas onde reclaman que a culpa de tudo pertencem aos ‘Nerds’, já que ficam sentados 'lá' discutindo o que todos os outros têm de fazer (princípios e leis a se seguir, etc.) Mas sinceramente não quero falar sobre metalinguagem aqui.

Southalnd Tales é um daqueles filmes em que não se têm certeza se o odiou realmente, ou se só não foi como esperava. A certeza é só uma: Foi prazeroso.
lembrando da páscoa...
Southland Tales é tão bom quanto um ovo de páscoa bem grande. Muito bom, prazeroso, mas enjoa.

A habilidade de Richard Kelly de filmar multidões é descomunal, é realmente bela a forma com que filma os planos sequências. Aliás ‘planos sequências’ se tornaram uma de suas assinaturas merecidas, pois ele os conduz de uma forma única, lírica, transformando-os quase num sonho, unindo de forma maestral o audio e a imagem até que a gente quase se esquece da trama, simplesmente entrando na onda dele. [Destaque para a cena da festa no fim do filme.]


É um filme rico em linguagem, começando pela abordagem em digital da primeira cena.
Aquela ‘filmagem caseira’ feita por ‘uma criança’ no quintal de sua casa em sequência com a explosão da Bomba Atômica. É dificil encontrar este nível de bom senso para distinguir entre o ‘amador’ e o ‘imbecíl’, digo isso pelo resultado que se tem quando outros cineastas tentam utilizar a subjetiva de um amador, conseguindo um resultado realmente ridículo. Kelly conseguiu nessa cena [destaque pro camêra] algo sutíl e belo e ainda assim com ares de ‘feito em casa’.

Apontar trechos é desnecessário, já que é repleto de momentos brilhantes, planos pensados, oscilando entre o lírico e o cru, entre um ‘homen que cai do telhado na lata de lixo’, sem cortes, a 'um ex-soldado numa viagem psicodélica tendo seu próprio show na Broadway'. Entre o capote da van, tão empolgante, até uma discussão 'política' entre uma prostitua e um politíco via internet. o filme é uma grande queda de braço entre o diretor brilhante e seu equívoco.

Termino destacando outra das assinaturas de Kelly, o uso do ‘tosco’ como ferramenta do lúdico. Aqueles efeitos ‘mal feitos’ de Donnie Darko, que Kelly até que tentou consertar na sua versão do diretor mas por fim percebeu (como comprova em Southland Tales) que é uma ferramenta pessoal e muito intrigante. Não sei nem como apontar as razões pelas quais isso funciona tão bem, só sei que se torna algo tão atraente (quando dosado, obviamente) que de fato cria um clima de estranheza e cumplicidade.

Um filme que se assume como entidade não humana, tanto que todas as introduções são feitas por um banco de dados (ou TV), além de usar a bíblia como ferramenta que anuncia um final épico e inevitável, mais um Deus Ex-Machina pra coleção dele. Aliás Richard Kelly consegue de novo usar esse artifício tão odiado no mundo moderno, como ferramenta de cumplicidade entre o expectador e personagem. E o fim é recompensador, enigmático mas (de novo) esclarecedor e principalmente porque o filme continua, mesmo depois dos créditos. Epifania pura, é o que Kelly consegue fazer com seus climax, até quando investe numa causa perdida.

Augusto SóQuê
No Vox, No Sound

março 27, 2008

Cansei do meu 'char'

Sol Poente

Qual criatura ou elemento
repleta de azar e tormento
merece por lei do universo
jamais conhecer o completo
o momento em que o sol se poem

tal entidade não sabe
e tua alma não exprime
a grata verdade sublime
que o sol deixa ao se por.

tal cousa é inomeavel
pois nunca vê o sol ir
tal criatura é o sol
que cansando de si,
nunca pode partir.

Augusto SóQuê, No Vox, No Skills.
(Livro ainda não publicado)

março 06, 2008

.Cura pro Mundo.

Mais Uma Pseudo-Analise...

Almas Passantes
(de Ilana Feldman e Cleber Eduardo.)

Bula:
*João Do Rio:
Cronista carioca do início do século XX.
*Charles Baudelaire:
Poeta francês de meados do século XIX.

O Curta nos apresenta a situação:
'Charles Baudelaire' e 'João do Rio' estão no Rio de Janeiro...
Não, Não senhor, no Rio de Janeiro de Hoje!"

Interjeições à parte, procuremos entender a suposição. O francês têm dificuldades, cultura estranha, e não digo pela completa desconectividade temporal entre o personagem e o espaço (não ainda...) digo pessoas estranhas, etc.
O carioca se sente em casa, tudo é comum, digo até que vi um esforço inseguro dele, de se mostrar "de casa". Mas o estereótipo vale. o cronista é sim um entendedor do Rio e isso é inegável.

A discussão que se propõem é tão complexa quanto óbvia.
Até que ponto a Intervenção do Autor no meio é positiva?
(E como seriamos sem elas?) Tanto que em um dialogo entre os dois protagonistas (comendo num boteco!!) Baudelaire afirma a João do Rio:
"Nós transformamos o lixo em ouro!"

Com essa deixa, posso finalmente falar daquilo que mais se destaca no filme:
Os personagens vagavam pelas ruas (com os trajes oriundos de seu período histórico) à procura de tudo. E a camêra procura essas procuras, é urgente, é documentárista é primeira pessoa, é "na mão"... Procura os detalhes de tudo, expressões, transeuntes, lugares comuns...


Pra João a Arte está no que é. Mas para Baudelaire, é preciso esmerá-la mais. É então que a parte do filme que cabe as impressões do poeta francês assumem, em todo, a poesia como guia, utilizando como ferramenta o idioma dele. (Que não por acaso é mundialmente aceito como o idioma das artes, do amor, das sutilezas...)
E chega a ser hilário ouvirmos um 'Funk Carioca à Francesa', um artista de praça cantando também em francês,(...), e magicamente o clima se formou, temos arte em tudo. Desde o ordinário (comum) até o exótico.

Há ainda um plano recorrente, de Baudelaire caminhando numa calçada cheia de lixo ensacado. Mas é tão sutil que nem sei se esse plano aconteceu mesmo mais de uma vez, ou se só é recorrente pra mim... Enfim, é essa a confirmação do dialogo no bar. A cidade por si só é suja. Mas mesmo sabendo disso, João do Rio ainda a ama... E Charles Baudelaire conseguiu ver poesia nela...
Já que limpa a cidade não ficou, o que fez dela tão poética?

Arrisco dizer:
Se caminhássemos pela calçada suja do filme, 'talvez' a acharíamos repugnante...
Porém a observando pelo filtro da Arte, Lá da sala de Cinema, ela me pareceu simplesmente... contextual.


Augusto Só Quê e seu desfeixo completamente vago e sem sentido...
No Vox, No Sound.

fevereiro 28, 2008

Senhores, Venham se Barbear!

Pseudo-analise de:

Sweeney Todd: O Barbeiro Demôniaco da Rua Fleet

É impossivél não começar pelas performaces...
Mas não o farei, de todo...

O Barbeiro se introduz ao filme num navio (numa performace tão surpreendente quanto o próprio ator) cantando uma música tão atual quanto assustadora. É esta a canção que justificará todas as ações do protagonista.
A música descreve as atrocidades da capital inglesa (a cidade é definida como um buraco, Como um antro de ratos e ainda descreve os habitantes como sendo "menos do que uma cospidela de porco"!).
É a essa definição que tenta nos introduzir, ridiculamente, o diretor TIM BURTON numa sequência lamentável de uma animação em 'CG' que mais parecia um "menu animado de filme do Harry Potter", mostrando (ou tentando mostrar) a cidade e a sua podridão,

Essa sequência sucede outra canção fundamental do filme, a canção onde o Barbeiro se justifica, numa tentativa de nos compactuar com sua revolta...
Também pudera, ele era um Barbeiro Famoso, tinha uma mulher (and she was beutifuuul!!!) e uma garotinha de colo. Mas quando o perverso 'Senhor da léi' o afastou de sua amada confinando-o numa prisão, estuprou e 'matou' sua mulher e ainda ficou com a filhinha do "Jhonny" pra criar... É lógico que ia dar merda.

A história gira nesse 'Conflito' mas o melhor do filme se passa à margem do drama principal. O que o filme se propoem não é fazer um musicalzinho sobre a vingança e sim questionar-nos sobre
as mesmas questões já adotadas por Burton em seus outros filmes (O papel do Amor nas relações, O sonho como escape voluntário do sofrimento cru que é a realidade entre outras tantas reflexões que ouso dizer, não são pessimistas e sim, talvez, românticas.)

Comecemos com a câmera.
O Barbeiro é muitas vezes enquadrado de baixo pra cima, no cinema antigo essa "Firulinha" surgiu para dar a impressão ao expectador de que ele está diante de uma figura imponente. Mas, arrisco dizer que essa não era principal intenção do diretor nesse seu novo filme.

Vamos aos fatos:
A filha do Barbeiro vivia presa numa torre cantando com os passarinhos. (Muito Disney pra vocês??)
Até o dia em que um marinheiro novo e romântico se apaixona por ela e jura livra-la daquele sofrimento. (Tá bom, agora é muito Disney...)
Mas o Padrasto dela não ficou satisfeito e botou o rapaz pra correr
(Se Pensarmos em 'padrasto' como o masculino de 'Madastra' acho que fica Ultra-Disney essa histórinha!!). Mas Tim Burton nos deixa outra pista, ele batiza esse rapaz com o sobrenome daquilo que os contos infantis são em sintese: "Esperança".

É esse o papel da Juventude em Sweeney Todd, servir de Ancôra para o Abismo em que Londres Havia se Tornado... Aquela coisa toda do "All We Need Is Love" que os adultos perderam.

Já o Barbeiro da Rua Fleet tinha sua propria visão do 'salvar o mundo'. Ele queria a Vingança, Trazer a Justiça à tona visto que a 'justiça dos homens' era tudo menos Justa.
(Anthony Hope é também quem resgata o Barbeiro do mar. Logo, quem reacende a esperança da vingança em Todd. Pois Finalmente ela era possível...)

'Imbuido de poder do Alto' (agora posso introduzir o comentário do enquadramento de baixo pra cima [sutíl mas funcional]), "Agora a vingança poderia se concretizar já que tenho meu instrumento", as navalhas de prata, e negando o seu proprio 'Eu' antigo. Extinguindo de si o Barker (nome antigo) que representava a esperança, o amor, a juventude...
Sweeney Todd + Navalhas de Prata (antes usadas para semeiar a beleza...) = a frase:
"Agora meu braço está Completo", nessa refêrencia ao sobre humano, a extensão ou evolução do que é o homem vitruviano... (Nossa, Viajei!!)

E por amor obtêm ajuda, Miss Lovett *Helena Bonham Carter* (numa senhora atuação) 'a mulher que prepara as piores tortas de Londres' e mantêm um amor secreto (até metade do filme) pelo protagonista sanguinário. Juntos eles escolhem as vítmas e é dela a idéia de que ele poderia ir 'praticando' com outras vítmas até que sua vingança aconteça...

"Que tal o Padre?", "Que tal o Advogado?" ou "Que tal o padeiro?", é a sequência que de fato concretiza a canção do início, "Ninguém vale mais do que um cuspe de um porco"
e é ai que nos identificamos com o Sweeney todd, ele só mata quem merece, e a vingança dele acaba sendo a vinganaça da propria Londres, que foi reduzida á um buraco habitado pela escória.
(Alguém ai já assistiu Dexter???)

Outro Questionamento iportantíssimo é que o barbeiro não caça as vítimas, elas o procuram.
Ele é a personificação do questionamento introduzido por Burton lá no 'Edward Mãos de Tesoura' com aquele: "Avon Calling"(Avon marca de Produtos de beleza mesmo). As vítimas são mortas porque se preocupam com a estética. Vaidades e vaidades e degolações diversas...
Tanto que o próprio Barbeiro convence seu inimigo à se barbear porque as mulheres adoram homens barbeados, "assim terás o amor da bela donzela".

Só entendemos o sofrimento do Barbeiro de Fato quando é introduzida a sequência do Sonho, tão destoante do filme, tão colorida, 'tão Inconsciente coletivo de Felicidade' que de fato nos perguntamos se estamos prontos pra isso... É a sequência decisiva, tanto pra nós como para os personagens, onde entendemos um pouco a privação deles diante dos sonhos que tiveram quando jovens, mas que agora parecem devaneios distântes, atraentes mas... Impossíveis.
E por fim, a fotografia retoma a cor triste saindo da frente para as costas dos persongens. É como se eles tomassem um balde de água fria nesse momento, é a razão sobrepondo o sentimento. típico dos adultos.

Antes de terminar abro um parentese para o Sasha Baron Cohen, o barbeiro rival e seu pupílo prodígio (o sagaz Ed Sanders). Numa cena complexa (a cena do duelo de navalhas em praça publica) vemos uma performace completamente surpreendete do já citado pupílo, que traz à tona: da utilidade dos cosméticos ao efetivo talento e prepotência de Mr. Todd, vencendo o charlatão e ainda o cobrando pelo corte!
Esse garotinho é a personificação dos defeitos adultos, que neles são comuns mas quando introduzidos em uma criança é que temos a dimensão deles, o garoto bebe rum! Engana, mas ainda assim é criança. Não está pronto para ver a "verdade do porão" e de fato fica absurdado ao ver os cadaveres no sub solo. (Lembrei do Cheiro do Ralo... mais isso não vem ao caso...)
Ele é também um elemento da Caridade de Lovett, quando decide 'adota-lo'.

A vingança de Todd se dá juntamente com a de Lovett, Tornar toda a podreira do mundo em algo agradavél e satisfatório (A premissa é a mesma da dos adolescentes).
A contribuição deles ao mundo é tornar toda a podrera dele em tortas deliciosas. E Nesse Instânte ele passa o questionamento pra você, "Eles são de maior serventia como escória ou como tortas delicioas?"

Sweeney Todd é essa contradição. E o Amor não é de fato uma entidade Superior à todas as coisas (Ou é?). Tanto que a personificação do amor (no filme) Senhorita Lovett, mentiu por amor, levando o homen a matar tantos, e inclusive a própria donzela amada (também por amor [?]).

E de novo o final trágico que todo universo gótico merece. "A vida é triste de mais sem o amor, e o amor é quase sempre impossível. E talvez eu me canse dele se estiver vivendo com ele por muito tempo... É... talvez seja melhor morrer mesmo." (E eu dizendo que não é pessimista...)

Em contraponto: "Há uma esperança, mas os adultos perderam..."

E a câmera assume este olhar, ohando o homem de baixo pra cima, como as crianças fazem... Cheia de dúvidas, mas ainda assim empolgadas.
é a descompreensão do amor.
Pardon me, My darling! Pardon...

Augusto SóQuê & suas divagações sobre roteiros... Quando ele vai aprender a criticar um filme direito??
No Vox, No Sound.

Ps:Recomendo a visita ao blog 13º andar, na seção KA-TET à direita>>
[encontrarás um olhar interessantissimo sobre a canção que falei no primeiro parágrafo]

fevereiro 13, 2008

Definição.O?

Eu queria poder falar sobre a INSPIRAÇÃO, mas não posso. Eu não posso codificar tal Entidade em um texto. Talvez Fernando Pessoa o possa... Mas à mim é impossível.

Quem se arriscar a prosseguir nesta leitura vã, lerá em vão.
Quem se enveredar nessa "charlatanisse" absurda, nem mesmo enganado será. Tal é a inutilidade dessas palavras nesse espaço/blog.
Mas Insisto. Devo Isso à ela, Daniela.

Quando se lê, ela vem assim:
"Sugestão, Insinuação, Conselho", ou "Inspirar - incutir, infundir, insuflar, introduzir"

O que se misturam nas definições, é :
Seja o ato de se Respirar ou Sentir uma idéia chegar, ambos os casos provêm do Invisível.

[Paulo, aguardava sentado em casa o telefone tocar.
Carla já devia ter ligado, ele sente que algo está errado, mas prefere continuar a leitura.
-Qualquer preocupação adicional não a trará de volta...- Ele pensa.
E além do mais, "deve ser tudo neura do Paulo". ]

O que parágrafo acima têm a ver com o texto como um todo??
Tudo. Senti vontade de falar desse "Paulo" e de algum modo sabia que ele estava preocupado com "Carla". Agora, quem é Carla eu não faço idéia.

Talvez Carla seja a irmã mais nova de Paulo, ou talvez a esposa dele.
Mas o texto é sobre "inspiração", e não sobre os relacionamentos sociais de um personagem...

Escrever o "parágrafo de Paulo" foi a minha ilustração sobre o que intendo sobre inspiração.
Nunca imaginei escrever uma histórinha nesse texto, e Paulo não é um personagem existênte...
Mas enquanto escrevia o texto, essa cena clichê me veio à mente:
Um homem sentado lendo um livro na sala de estar.

Acho que é o mais próximo de uma definição sobre a Inspiração que posso chegar.
Pra concluir, deixo claro que também seria inspiração se Paulo fosse um personagem já famoso, e se esse texto ja existisse, E também seria inspiração se Carla fosse quem quer que fosse.
Pois a inspiração não é o juiz do drama, ele simplesmente ilumina o caminho.

Sobre a Musa, finalizo. É a experiencia mais gratificante que se pode ter.
A expêriencia viva do concebimento de um processo criativo qualquer.

E a exaustão do final é o melhor. É como se descarregassemos de nós mil bolinhas de gude... e as ouvissemos bater contra o chão até que, por inercia, elas parem e o silêncio preencha tudo de novo.

Augusto SóQuê. No Vox, No Sound.

fevereiro 07, 2008

"As Mãos de Tesoura"

A Compreensão da Interação

e a Inevitábilidade do Inevitável.

... Reduntande como o Amor.

Um castelo Feio que me assusta e lá dentro, não por dentro mas nos jardins, vejo a beleza tão destoante do exterior, que me apaixono, não só pela beleza em sí mas pelo exótico, esse estranhamento paradoxal do Horrível e do Belo em contraponto, serve de tema.

E pra quem se arrisca a 'adentrar aos interiores', verão o que mais assusta, o espaço vazio, e as decorações que lá fora não caberiam, mas que de algum modo, não podem ser excluidas por completo. E fica assim esse interior, cheio das coisas que não se excluem, e que de algum modo são a identidade naquele montão de espaço vazio... E é ai que ele entra, todo ele. Com Garras nas mãos e aperentando tão único e exótico quanto a casa.

Me perguntaram ontem, sobre a razão de se se escrever sobre um filme tão antigo [ou não novo], e tão visto. A resposta é ainda incerta, resolvi falar não sobre o "mãos de Tesoura" mas sobre as "mãos de tesoura" não sobre o filme em si mas sobre o tema abordado ali, meio que em segundo plano pelo diretor Tim Burton.


Edward é o Romântico por Excelência. Aquele sujeitinho que toda garota diz esperar, mas sempre rejeita... Edward é tão perfeitinho, que vê arte em toda forma de intervenção sua. Não que seja pretencioso à ponto de se rotular "artista", o título é mais inerente à sua vontade do que ele imagina, é só que ele não pode viver num mundo em que não se faça enxergar. Os arbustros viram esculturas, representações de animais e pessoas... Os cabelos virão identidades, únicas assim como a sua própria (e o cabelo também).

Mas é nessa intervenção cult que ele se perde, pois mesmo com o talento que porta, a inveja que vez ou outra desperta e o estilo único que o destaca, suas "intervenções" só não o promovem, nas singelezas do cotidiano. Suas mãos/tesouras o impedem de ser sutíl em interações sociais, ele não pode jantar com aquelas mãos e tão menos pode se realionar com alguém, porque ele, diferente dos outros "normais", vê o sofrimento que pode causar às pessoas, ele compreende o fundamento do amor,do amor enquanto dependência mutua, e ainda assim divina... Para Edward é impossivel que o amor funcione pra ele, já que ele não é capaz de NÃO intervir no meio. Sempre haverá uma coisa à concertar com ele por perto, sempre haverá uma coisa à que se melhorar, há de haver intervenção e intervenção é decepção, já que mesmo que ele sempre se inove, sempre se supere e crie de fato um mundinho perfeito, ele ainda será sempre o Edward mãos de tesoura, que vive no castelo feio por fora, bonito por dentro e vazio na alma.

Então, o filme é extremamente Gótico, não falo pela a arquitetura, nem pelos conceitos caricatos provenientes da mídia, digo Gótico no que tange à onda Musical dos anos 80, Edward (além da obvia semelhança) é praticamente um Robert Smith, um Morrissey , um Ian Curtis... Pra citar os 3 maiores expoentes da onda. Analizando as letras das 3 bandas, as respostas encontradas são as mesmas apontadas pelo filme de Tim Burton: "A completa consciência do amor, contra o mar de obstáculos que se formam "Vs" à Impossibilidade do indivíduo de suprir as necessidades da Musa em contraponto com a necessidade dele de "exaurir" de algum modo esse amor... Isso é a "Love Song" do The Cure, Esse é o "-Hold-me. - I Can´t." do filme de Tim Burton, esse é o amor, descrito por quem passou tempo demais só, até que por fim o compreendeu [ou acha que compreendeu].

O final trágico é a escência do sonho gótico. É o "And if a ten-ton truckKills the both of us/To die by your side/Well, the pleasure and the privilege is mine..." de The Smiths... enfim é esse o sentimento de Urgência, muitas vezes até desconhecido pois que no Fim, "eles" sabem que é o "Love" que irá "tear Us Apart" [Joy Division*]

Talvez o amor que Edward procurava era aquele que ele teve. Aquele que nunca pudesse acontecer, e que fosse tão impossível quanto a perfeição. Pois como Kim (Winona Rider) disse em sua conclusão: "Eu nunca mais o visitei, porque eu envelheci. E é melhor que ele se lembre de mim da maneira que eu era naquela época."

Termino aqui então minha "pseudo análise" sobre o tema. Ciente de que deixei muita coisa de fora. Pena não poder falar sobre o "AVON calling" ou sobre o "Inventor". Falei portanto do que eu quiz: O Amor em Edward Mãos de tesoura. Que têm sua síntese na cena do "Roubo". Edward sabia que era errado, mas interviu assim mesmo. Fez do erro poesia, e foi da Ascensão à Queda em 30 minutos [real time]. Trocou tudo pelo amor, que nunca teve (pelo menos na intensidade que sonhou) mas que valeu todo o processo.
Augusto SóQuê

No Vox, No Sound.

ps:"Quem me vê sempre parado, calado, garante que eu não sei sambar... Tava Guardando pra quando o carnaval acabar" [rs!

janeiro 28, 2008

.a Aurora em Tiradentes.

Quando eu 'estudava' sobre os festivais antológicos de cinema, me consumia a idéia de se consagrar um autor dessa forma poética. E quando por alguma razão, seja ela política e/ou pessoal, esses realizadores eram punidos com os não prêmios, eu me via militando às causas deles... Panfletando as artes deles (que também são minhas e que compoem o cinema per sí) mentalmente ou em conversas diversas...

O caso Glauber em Veneza ou até o polêmico filme de Gaspar Noe em Cannes, além de tantos outros complexos resultados não consolidados em festivais, da Itáila à França, do Canadá aos EUA, e por fim, Do Brasil à Tiradentes 2008.

Quando me interei da iniciativa, revolucinária[?] do Crítico (e Curador da Mosta de Tiradentes 2008 ) Cleber Eduardo, de 'conjurar' um Júri Jovem simultâneamente com um Júri da Crítica (A crítica já consolidada no país, e de partes distintas dele.) e ambos com a mesma autônomia para apontarem o melhor filme, e um destaque livre dentro da mostra "AURORA", cujo o tema era:

"FILMES DE JOVENS REALIZADORES (diretores estreiantes ou em seus segundos longas)."

Fiquei excitado com toda essa idéia maluca dessa "experiência" inesperada e muito bem vinda não só ao festival de Tiradentes mas ao cenário cinematográfico brasileiro.

Essa investida corajosa, rendeu um resultado ambíguo, como era de se esperar o jurí da crítica premiou um filme que pelos padrões nacionais se destacou em sua beleza, disposições de enquadramento, fotografia, o jogo do real e o irreal, da fantasia e o real que também é mentira e ainda assim compunha o todo... Enfim, Meu Nome é Dindi, de Bruno Safadi foi o escolhido pelos críticos do Júri da Crítica como o vencedor da Mostra Aurora. Em contraponto, (ou melhor em CONTRA-CAMPO, só para ser irônico... he he he!) o Júri Jovem (ou J.J. como os garotos [e garotas!] se denominaram no discurso de entrega dos prêmios) premiaram filmes com características bem diferentes, e não foi pelo motivo apontado pelo diretor de "Meu Nome é Dindi" [em seu discurso digno de um garoto criado por vó em apartamento.] : "O Júri Da Crítica Conseguiu Ver o Filme Com Bons Olhos, E Não se Prendeu aos Defeitos de Projeção!!" pô! que dózinha dele então...

Pois Premiando o Filme "Sábado á Noite" de Ivo Lopes Araujo, o "J.J." elegeu um filme que é a princípio um Documentário, mas que na soma, é uma desconstrução do tema. Elegeram um filme que a princípio trataria do real, do contempôraneo mas é realizado em Preto & Branco, é interventivo e subjetivo, mas ainda é documental, se alegando à todo tempo como verdade, pois mesmo se auto manipulando se exclarece, se justifica.

Dessa descontrução, foi baseada a premiação. E dessa premiação foi desencadeada os parabéns... À excessão da cobertura da mídia [sendo mais direto, fora de Tiradentes, Fora da realidade] os elogios à escolha Jovem foi um grande "coringa" tanto pro proprio Diretor, quanto para o prórpio Júri. Dedos Positivos e comentários de :"Vocês são malucos! Adorei!!" preenchiam em cochichos variados pela madrugada última do festival. Foi daí a realização maior, tanto que se encontraram num estado de alegria indiscritivel, estado o qual ainda me encontro, em que se sabe ter feito o que era certo, se sabe ter feito o que era esperado, e se sabe ter feito o que ninguém acreditara...

Oportunidade cósmica tão rara quanto achar o papel dourado dos Chocolates Woonka. Agradeço e despeço-me. As Histórias foram várias... Posso até redigí-las com o tempo, (também porque muito provavelmente eu não vá pensar em outra coisa tão cedo...)

Despeço-me Grato.

AugustoSóQuêJ.J.08

NoVox, NoSound.

janeiro 14, 2008

"A Procura da Estabilidade"

(:Com Will Smith & Todos os homens do Mundo:)

Tanto se panfleta hoje sobre o interesse desmedido das mulheres pelo dinheiro (no que tange à situação financeira do homen), que é fácil para ambos se perderem em conceitos machistas/feministas.

Tracemos um paralelo temporal:
Quando se diz, das mulheres no geral, que são todas perseguidoras de atributos financeiros, sendo eufêmista... Falo da máxima:"Tá solteiro? Relacionamentos amorosos estão em falta? Simples, compre o carro e leve os dois."
São máximas como estas que repercutem as discussões, muitas vezes infantis, entre ambos os sexos. A mulher se defende com o ideal do conforto. É melhor se relacionar com alguém que lhe proporcione segurança e conforto... E o pior disso tudo é que do outro lado, os homens (ridiculamente) se defendem com o discurssinho batido, que à proposito é o tema desse post, de que todas elas são iguais, e que isso é "indigesto" e afins...

Dizemos, me incluindo na classe, que as mulheres de hoje não são mais românticas, e que esse tal ideal bonitinho é besteira. Baseamos isso, num paramêtro universal, nos relacionamentos dos nossos pais, dos nossos avós, e até mesmo (inconscientemente ou não) em filmes e outras mídias... Se formos iniciar tal discussão em um grupo de homens, o exemplo de romântismo desapegado ao se ter, será certamente o exemplo de um parente próximo, talvez a mãe de um, que casou com um "pé rapado" e até hoje não cobra os confortos do mundo, e outros exemplos parecidos.

De primeiro, a conlusão foi que elas (mulheres românticas [?]), são como são, por não terem essa visão de perspectiva que nós (new generation!) temos, e por isso são então conformistas e não românticas. Mas, de algum modo, a iluminação baixou sobre um certo pônes (amigo nosso) e a idéia dele foi crucial para formarmos um novo conceito: "A perspectiva não se alterou, e nossos antepassados não eram melhores que os de nossa geração. As Mulheres procuram ainda o que procuravam gerações antes. Estabilidade é e sempre foi o ideal."

As mulheres que se casaram com os "Pés- rapados" de outrora, e se mantiveram fortes e felizes, o fizeram em busca da estabilidade proporcionada pelo homem em questão, e não pelo dinheiro que ele portava. Exemplifico: meu avô ainda hoje (com 65 anos), paga as contas, concerta os eletro-domésticos, leva-as para o hospital, conversa, ensina,... , faz de tudo na casa, de serviços de marcenaria à serviços elétricos, vai de officeboy à segurança de professor a advogado.
Parecem coisas comuns, e são mesmo, o problema é que a new generaiotion, não consegue nem se quer tentar se adaptar às responsabilidades do homen de antes. "Pifou" o interruptor, liga-se para o eletricista, entupiu a pia, liga-se para o bombeiro, ou em muitos casos é mesmo a propria mulher a tomar a frente e as costas de tal empreitada... As filhas dessa geração em transição são de certa forma programadas para encontrarem essa estabilidade do unico modo em que ela se manifesta no atual, grana.

Visto tais pontos eu realmente, nem tenho dúvida de meu fracasso, no que tange ao referencial de estabilidade! Porem é melhor eu jogar muita bola pra poder de algum modo me apresentar como tal.

>Então é isso, salvo exceções (muitas até... Se não eu estaria literalmente em apuros!).
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***Reafirmamos nossas intenções***
(já que o 8mm é novo aqui no blogspot, temos de alertar aos navegantes desavisados)
>NÃO somos machistas, esse NÃO é um texto machista e nosso objetivo é a DIVAGAÇÃO e NÃO a INDUÇÃO. O 8mm acredita na máxima:
"A REVOLUÇÃO É A MUDANÇA DA MENTE". Pois "pontos de vista" são pequenos universos particulares.
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augustoSóquê. 2008. NoVox, NoSound.

janeiro 11, 2008

Confabulemos.

Decidi migrar para o Blogspot, por dois motivos:

1°) Aquelas mudançazinhas no Webblogler foram de mais pra mim...
o Blogspot é um pouco mais sofisticado...

2°) Acho essa interface mais bonitinha...
e tava afim de mudar por causa do ano novo (alguém caiu nessa?)

Peço desculpas aos fieis 4 contruibuidores que me ajudavam...
Mas fiz mesmo, aproveitei o mês de dezembro e as férias de cada um e mudei pra cá.
(Embora vocês nem possam reclamar muito, já que eu nem postei nada em novembro, e nem vocês postaram nada em dezembro... )

Peço desculpas. Mas como dira morpheus:
"O que está feito está feito. E não poderia ter acontecido diferente."

Bienvenidos Todos.

Leiam, Comentem...
Ignorem...
que seja...

janeiro 09, 2008

Estreia.

O clichê do olho mágico
é de novo retomado.
Quando minha janela entreaberta
emoldura, de dentro,
o quintal de Rebeca.

A janela reduzida...
ao feiche discreto que entra,
oito milimetros de fenda,
e ela lá, sentada à rir.

Eu queria filmar esse instânte,
num filme de super 8.
pra poder ver você como antes,
onirica rebeca... distânte.
(Livro ainda não publicado - AugustoSóQuê)